A neurogênese é o processo de produção de novos neurônios no cérebro, e isso
ocorre ao longo da vida. Pesquisas recentes revelam que essa capacidade se estende até os 90 anos de idade.
Um estudo interessante comparou cérebros de pessoas saudáveis com cérebros de indivíduos diagnosticados com Alzheimer, abrangendo idades de 43 a 97 anos.
As conclusões desse estudo são intrigantes:
a) constatou-se que o cérebro continua a gerar novos neurônios mesmo após os 90 anos, contrariando a crença anterior de que a neurogênese diminuía significativamente com a idade. Isso sugere que nosso cérebro pode ter um potencial de regeneração maior do que se imaginava.
b) os resultados mostraram que a produção de neurônios diminui consideravelmente em pessoas neurologicamente saudáveis após os 40 anos, chegando a uma redução de até 40 mil novos neurônios por milímetro cúbico cerebral. Essa diminuição gradual pode estar relacionada a alterações cognitivas associadas ao envelhecimento.
Além disso, descobriu-se que os cérebros afetados pelo Alzheimer apresentam uma menor fabricação de neurônios já no estágio inicial da doença. Essa redução precoce pode contribuir para os sintomas observados nesses pacientes, como perda de memória e declínio cognitivo.
Essas conclusões reforçam a importância de estudos sobre a neurogênese e seu papel no envelhecimento e em doenças neurodegenerativas.
Compreender melhor os mecanismos envolvidos na formação de novos neurônios pode abrir caminhos para o desenvolvimento de abordagens terapêuticas inovadoras para promover a saúde cerebral e combater condições como o Alzheimer.